quarta-feira, 20 de abril de 2011

Deriva

    Talvez esteja na hora de dizer adeus pelos tempos em vão, as incertezas sobre meu futuro são claras e diretas, sem saída me vejo obrigada a abandonar meu barco que está em deriva.
     Não fui capaz de remar contra a maré, muito forte perdi o equilíbrio e cai nos mares profundos, consegui voltar a superfície e nadei até a praia, certificando-me de que estava tudo bem, apenas meu coração não conseguiu boiar e fiou preso entre as algas; o mar é enorme e não sei se um dia o trarei de volta a superfície.
     Meu barco em pedaços flutua na água, pedaços dele são jogados muito forte na areia da praia.
     Talvez eu construa um novo barco, e tente chegar do outro lado da ilha, provavelmente a maré esteja boa o suficiente para que me trazer de volta a areia, eu sei nadar e não vou cruzar os braços enquanto me afogo.

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